sábado, 5 de setembro de 2009

Economia pré-colonial do Brasil

A expressão "descobrimento" do Brasil está carregada de eurocentrismo por desconsiderar a existência dos índios na terra antes da chegada dos portugueses. Portanto, será mais correcto o termo "chegada" dos portugueses ao Brasil. Outros autores preferem dizer "achamento" do Brasil. A data em que ocorreu, 22 de abril de 1500, inaugura a fase pré-colonial. Neste período não houve colonização, pois os portugueses não se fixaram na terra.

Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da mata Atlântica. O pau-brasil tinha grande valor no mercado europeu, pois sua seiva avermelhada era muito utilizada para tingir tecidos e fabricação de móveis e embarcações.

Inicialmente os próprios portugueses cortavam as árvores, mas devido ao fato destas não estarem concentradas em uma região, mas espalhadas pela mata, aqueles passaram a utilizar mão-de-obra indígena para o corte. Os índios não eram escravizados, eram pagos em forma de escambo, ou seja, simples troca. Apitos, chocalhos, espelhos e outros objetos utilitários foram oferecidos aos nativos em troca de seu trabalho (cortar o pau-brasil e carregá-lo até às caravelas). Os portugueses continuaram a exploração da madeira, erguendo toscas feitorias no litoral, apenas armazéns e postos de trocas com os indígenas.

Apesar do pau-brasil ter o seu valor, o comércio de especiarias com as Índias ainda era muito mais lucrativo. Neste período Portugal sofria de escassez de mão-de-obra e recursos, de forma que investir na extração de pau-brasil significava deixar de ganhar dinheiro nas Índias. Assim a Coroa reservou aos principais nobres os privilégios de explorarem as Índias, e à nobreza do "segundo escalão" as concessões para a exploração de pau-brasil sob sistema de estanco (o pau-brasil, considerado monopólio da Coroa portuguesa, era concedido para exploração a particulares mediante o pagamento de impostos).

Durante 30 anos, a costa foi também explorada por holandeses, ingleses e principalmente franceses. Embora estas nações não figurassem no Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu em 1494 terras recém descobertas) enviavam ao Brasil navios empenhados em explorar o Atlântico e recolher a preciosa madeira, pois consideravam que tinha direito à posse das terras o país que as ocupasse.


A mitologia grega

Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.
Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.

Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :

- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa

- Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.

O mito do Minotauro
É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro.
Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.

Os deuses gregos
De acordo com os gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos. Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.

Os principais deuses gregos :

Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu.
Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon - deus dos mares
Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade.
Apolo - deus da luz e das obras de artes.
Artemis - deusa da caça.
Ares - divindade da guerra.
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações
Hefestos - divindade do fogo e do trabalho.

O descobrimento do Brasil, um breve resumo!


Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.

Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.

A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.

Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.

Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.

Devemos Lembrar que já existia a possibilidade de Portugal desconfiar que existiam terras na região - podemos perceber pelo fato do Rei de Portugal ter brigado para o prolongamento da distância do Tratado de Tordesilhas - portanto podemos dizer que o Brasil não foi descoberto e sim "achado" ou, na melhor das hipóteses, conquistado, pois já existiam pessoas morando aqui, os índios!

Revoltas coloniais brasileiras

Ainda hoje, muitos historiadores pensam sobre como o Brasil conseguiu dar fim a dominação colonial exercida pelos portugueses. O interesse pelo assunto promove uma discussão complexa que interliga as transformações intelectuais e políticas que tomaram conta do continente europeu e o comportamento das ideias que sustentaram a luta pelo fim da ingerência lusitana. Por fim, tivemos que alcançar nossa autonomia graças ao interesse de sujeitos diretamente ligados ao poder metropolitano.

No século XVIII, podemos observar que algumas revoltas foram fruto da incompatibilidade de interesses existente entre os colonos e os portugueses. Algumas vezes, a situação de conflito não motivou uma ruptura radical com a ordem vigente, mas apenas a manifestação por simples reformas que se adequassem melhor aos interesses locais. Usualmente, os livros de História costumam definir essas primeiras revoltas como sendo de caráter nativista.

Outras rebeliões desenvolvidas no mesmo século XVIII tomaram outra feição. As chamadas rebeliões separatistas pensavam um novo meio de se organizar a vida no espaço colonial a partir do banimento definitivo da autoridade lusitana. Em geral, seus integrantes eram membros da elite que se influenciaram pelas manifestações liberais que engendraram a Independência das Treze Colônias, na América no Norte, e a Revolução Francesa de 1789.

Mesmo preconizando os ideais iluministas e liberais, as revoltas acontecidas no Brasil eram cercadas por uma série de limites. O mais visível deles se manifestava na conservação da ordem escravocrata e a limitação do poder político aos membros da elite econômica local. Além disso, ao contrário do que apregoavam muitos historiadores, essas revoltas nem mesmo tinham a intenção de formar uma nação soberana ou atingir amplas parcelas do território colonial.

Entre os principais eventos que marcam a deflagração das revoltas nativistas, destacamos a Revolta dos Beckman (1684, Maranhão); a Guerra dos Emboabas (1707, Minas Gerais); a Guerra dos Mascates (1710, Pernambuco); e a Revolta de Filipe dos Santos (1720, Minas Gerais). As únicas revoltas separatistas foram a Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, na região de Vila Rica, e a Conjuração Baiana, deflagrada em 1798, na cidade de Salvador.

13 dias que abalaram o mundo


Durante treze extraordinários dias em outubro de 1962, o mundo esteve à beira de uma verdadeira catástrofe. Todo o planeta aguardava com ansiedade o desfecho do confronto político-militar entre Estados Unidos e União Soviética em razão da instalação de mísseis antiaéreos soviéticos em Cuba. O confronto foi tão sério que quase provocou uma guerra nuclear entre as duas potências, o que poderia ter destruído toda a humanidade. O alarmante desenvolvimento dos eventos ocorridos durante esses treze dias envolveu um número enorme de políticos, militares e gente influente que temiam uma invasão russa através do estabelecimento da base militar em Cuba. A ação se passa quase que em sua totalidade dentro da Casa Branca, onde discussões acaloradas e intermináveis sobre como encaminhar a questão do armamento de Cuba com o então poderoso governo da União Soviética consumiam os dias dos políticos e, principalmente, do presidente e seus dois fiéis confidentes e amigos.

Meus queridos aqui está mais um filme que retrata alguns fatos da Guerra Fria, apesar desse serbem mais parado que o anterior ele também é legal e como sempre seque em baixo um vídeo do filme!

Resenha do filme O dia seguinte (the day after)


Década de 1980, auge da guerra fria. Em meio à vida cotidiana e normal são apresentados ao espectador os fatos que culminam na tão temida guerra "quente". A família do Dr. Oakes (Jason Robards) vive em Lawrense, uma pequena cidade do Estado americano de Kansas. Ao mesmo tempo, uma crise diplomática se agrava entre os EUA e a URSS após esta ter invadido a parte ocidental de Berlim, Alemanha. Em resposta, a OTAN envia para a área de conflito todo seu arsenal. As forças contrárias iniciam então ações militares de combate que vão se intensificando e agravando a situação, até que é usada pela primeira vez arma nuclear de pequena potência sobre o QG da OTAN na Europa. A partir daí há o desencadeamento da guerra nuclear total entre os americanos e os soviéticos, com conseqüências desastrosas para ambos os lados.

Meus caros alunos estou anexando um vídeo com cenas do filme para vocês verem,apesar de velho ele éum filme muito bom!

A Guerra Fria e a corrida armamentista mundial

Pessoal o site de origem deste artigo está como hiperlink no texto (achei isso na tvescola), caso vocês queiram ir lá ler!
Cena do filme "O Planeta dos Macacos" O filme "O Planeta dos Macacos", que mostra as dificuldades do ser humano na Terra no ano de 3.978, é um exemplo da preocupação do cinema norte-americano em abordar o tema da devastação nuclear, tão comum no período da Guerra Fria. Diversos filmes tratam do assunto, como "Síndrome da China" e "The Day After(O Dia Seguinte)", na tentativa de fazer um alerta sobre os perigos da guerra nuclear.

O surgimento da bomba atômica teve sérias implicações históricas, políticas e culturais. Durante o período da Guerra Fria, o pesadelo da chamada "hecatombe nuclear" rondou a vida dos habitantes do planeta. Acreditava-se que o ataque de um dos lados, num momento qualquer, desencadearia uma guerra que poria fim à vida humana na Terra. Nós vamos ver de que modo a bomba atômica surgiu e se transformou num dos elementos principais do jogo de poder entre Estados Unidos e União Soviética. Um jogo macabro conhecido como "o equilíbrio do terror".
Einstein e a bomba atômica
O início da corrida armamentista nuclear foi marcado por um apelo de Albert Einstein ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, numa carta enviada em 1939. O físico alemão mostrava-se preocupado com a possibilidade de Hitler ter acesso à tecnologia nuclear antes dos americanos. Roosevelt decidiu ampliar os investimentos em pesquisas e determinou, em 1942, o início do Projeto Manhattan, voltado ao desenvolvimento da bomba atômica.
Três anos depois, em julho de 45, a equipe de Robert Oppenheimer fez o primeiro teste bem sucedido de explosão nuclear no deserto de Alamogordo, no estado americano do Novo México.Na mesma ocasião, realizou-se na Alemanha a Conferência de Potsdam. O presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, negociou com Josef Stalin, da União Soviética, e Winston Churchill, da Grã-Bretanha, a nova divisão do mundo após a Segunda Guerra. Informado do sucesso dos testes no Novo México, Truman endureceu sua posição na conferência e tentou limitar a influência soviética na Europa.

Para muitos historiadores, o marco inicial da Guerra Fria foi o lançamento da bomba
atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Nessa perspectiva, a destruição das duas cidades nada teve a ver com o Japão, já militarmente derrotado, e sim com a divisão geopolítica do mundo.

O propósito dos Estados Unidos, para esses historiadores, foi de intimidar Moscou e conter o avanço do comunismo. Em fevereiro de 47, Truman fez no Congresso americano um discurso que mais tarde ficaria conhecido como "Doutrina Truman". O presidente prometia acabar com a chamada "ameaça comunista" em qualquer parte do mundo onde ela surgisse. Era apenas o início de uma longa temporada de tensões internacionais que caracterizariam a Guerra Fria.
A Europa se divide
Em abril de 1949, diversos países ocidentais, sob a liderança dos Estados Unidos, criaram a OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte. A aliança consagrava, no aspecto militar, a divisão da Europa em dois blocos antagônicos. Os primeiros países a integrar a OTAN foram Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Canadá, Bélgica, Dinamarca, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal. Em 52, entraram a Grécia e a Turquia. Em 55, a Alemanha, e em 82, a Espanha.A situação esquentaria ainda mais em agosto de 49, quando a União Soviética faria seu primeiro teste nuclear bem sucedido.O antagonismo na Europa ficou mais evidenciado com a divisão da Alemanha em dois países, ainda em 49. A área ocupada pelo Exército soviético tornou-se a República Democrática da Alemanha e passou a integrar o bloco socialista. Sua capital era a parte oriental da cidade de Berlim, também dividida em duas.
Comunismo chinês: a Guerra Fria na Ásia
O ano de 1949 foi conturbado também no continente asiático. Em outubro, o Partido Comunista Chinês, liderado por Mao Tse-tung, tomou o poder e proclamou o nascimento de mais um país socialista, a República Popular da China. Um gigante continental com uma população, na época, de mais de 500 milhões de habitantes.Os americanos, com a Doutrina Truman, não estavam alheios ao avanço da esquerda na Ásia e reforçaram a presença militar na bacia do Pacífico, procurando preservar sua influência no sudeste asiático. Dessa forma, a revolução chinesa levou para a Ásia as fronteiras da Guerra Fria. Havia o receio de que o Japão, pela proximidade com a União Soviética e a China, fosse engolido pelo bloco socialista.
Uma das primeiras conseqüências dos acontecimentos na China foi a invasão da Coréia do Sul pelos vizinhos norte-coreanos, de governo pró-soviético. Eles queriam reunificar o país sob a bandeira do socialismo. A ofensiva, em junho de 1950, desencadeou uma ação enérgica dos Estados Unidos, que aprovaram na ONU uma ajuda multinacional à Coréia do Sul. Era tudo o que os americanos queriam. Em algumas semanas, sua indústria bélica produzia uma quantidade expressiva de armamentos para uso na Guerra da Coréia. Além disso, Washington estimulou a participação do Japão no chamado "esforço de guerra". A indústria japonesa passou a produzir o material de apoio aos soldados no front, como roupas, remédios e alimentos sintéticos. Com isso, o Japão tentou resolver o problema do desemprego por meio de compromissos econômicos com o bloco capitalista. No final do conflito, em 53, a rígida divisão entre capitalistas e socialistas na bacia do Pacífico estava cristalizada.
Essa batalha estratégica pelo controle do sudeste asiático teria desdobramentos dramáticos nos anos 60, com o envolvimento direto dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.


Pessoal essa éa primeira parte de uma serie de artigos sobre a Guerra Fria, espero que vcs gostem e aproveitem!!!