sábado, 5 de setembro de 2009

A Guerra Fria e a corrida armamentista mundial

Pessoal o site de origem deste artigo está como hiperlink no texto (achei isso na tvescola), caso vocês queiram ir lá ler!
Cena do filme "O Planeta dos Macacos" O filme "O Planeta dos Macacos", que mostra as dificuldades do ser humano na Terra no ano de 3.978, é um exemplo da preocupação do cinema norte-americano em abordar o tema da devastação nuclear, tão comum no período da Guerra Fria. Diversos filmes tratam do assunto, como "Síndrome da China" e "The Day After(O Dia Seguinte)", na tentativa de fazer um alerta sobre os perigos da guerra nuclear.

O surgimento da bomba atômica teve sérias implicações históricas, políticas e culturais. Durante o período da Guerra Fria, o pesadelo da chamada "hecatombe nuclear" rondou a vida dos habitantes do planeta. Acreditava-se que o ataque de um dos lados, num momento qualquer, desencadearia uma guerra que poria fim à vida humana na Terra. Nós vamos ver de que modo a bomba atômica surgiu e se transformou num dos elementos principais do jogo de poder entre Estados Unidos e União Soviética. Um jogo macabro conhecido como "o equilíbrio do terror".
Einstein e a bomba atômica
O início da corrida armamentista nuclear foi marcado por um apelo de Albert Einstein ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, numa carta enviada em 1939. O físico alemão mostrava-se preocupado com a possibilidade de Hitler ter acesso à tecnologia nuclear antes dos americanos. Roosevelt decidiu ampliar os investimentos em pesquisas e determinou, em 1942, o início do Projeto Manhattan, voltado ao desenvolvimento da bomba atômica.
Três anos depois, em julho de 45, a equipe de Robert Oppenheimer fez o primeiro teste bem sucedido de explosão nuclear no deserto de Alamogordo, no estado americano do Novo México.Na mesma ocasião, realizou-se na Alemanha a Conferência de Potsdam. O presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, negociou com Josef Stalin, da União Soviética, e Winston Churchill, da Grã-Bretanha, a nova divisão do mundo após a Segunda Guerra. Informado do sucesso dos testes no Novo México, Truman endureceu sua posição na conferência e tentou limitar a influência soviética na Europa.

Para muitos historiadores, o marco inicial da Guerra Fria foi o lançamento da bomba
atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Nessa perspectiva, a destruição das duas cidades nada teve a ver com o Japão, já militarmente derrotado, e sim com a divisão geopolítica do mundo.

O propósito dos Estados Unidos, para esses historiadores, foi de intimidar Moscou e conter o avanço do comunismo. Em fevereiro de 47, Truman fez no Congresso americano um discurso que mais tarde ficaria conhecido como "Doutrina Truman". O presidente prometia acabar com a chamada "ameaça comunista" em qualquer parte do mundo onde ela surgisse. Era apenas o início de uma longa temporada de tensões internacionais que caracterizariam a Guerra Fria.
A Europa se divide
Em abril de 1949, diversos países ocidentais, sob a liderança dos Estados Unidos, criaram a OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte. A aliança consagrava, no aspecto militar, a divisão da Europa em dois blocos antagônicos. Os primeiros países a integrar a OTAN foram Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Canadá, Bélgica, Dinamarca, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal. Em 52, entraram a Grécia e a Turquia. Em 55, a Alemanha, e em 82, a Espanha.A situação esquentaria ainda mais em agosto de 49, quando a União Soviética faria seu primeiro teste nuclear bem sucedido.O antagonismo na Europa ficou mais evidenciado com a divisão da Alemanha em dois países, ainda em 49. A área ocupada pelo Exército soviético tornou-se a República Democrática da Alemanha e passou a integrar o bloco socialista. Sua capital era a parte oriental da cidade de Berlim, também dividida em duas.
Comunismo chinês: a Guerra Fria na Ásia
O ano de 1949 foi conturbado também no continente asiático. Em outubro, o Partido Comunista Chinês, liderado por Mao Tse-tung, tomou o poder e proclamou o nascimento de mais um país socialista, a República Popular da China. Um gigante continental com uma população, na época, de mais de 500 milhões de habitantes.Os americanos, com a Doutrina Truman, não estavam alheios ao avanço da esquerda na Ásia e reforçaram a presença militar na bacia do Pacífico, procurando preservar sua influência no sudeste asiático. Dessa forma, a revolução chinesa levou para a Ásia as fronteiras da Guerra Fria. Havia o receio de que o Japão, pela proximidade com a União Soviética e a China, fosse engolido pelo bloco socialista.
Uma das primeiras conseqüências dos acontecimentos na China foi a invasão da Coréia do Sul pelos vizinhos norte-coreanos, de governo pró-soviético. Eles queriam reunificar o país sob a bandeira do socialismo. A ofensiva, em junho de 1950, desencadeou uma ação enérgica dos Estados Unidos, que aprovaram na ONU uma ajuda multinacional à Coréia do Sul. Era tudo o que os americanos queriam. Em algumas semanas, sua indústria bélica produzia uma quantidade expressiva de armamentos para uso na Guerra da Coréia. Além disso, Washington estimulou a participação do Japão no chamado "esforço de guerra". A indústria japonesa passou a produzir o material de apoio aos soldados no front, como roupas, remédios e alimentos sintéticos. Com isso, o Japão tentou resolver o problema do desemprego por meio de compromissos econômicos com o bloco capitalista. No final do conflito, em 53, a rígida divisão entre capitalistas e socialistas na bacia do Pacífico estava cristalizada.
Essa batalha estratégica pelo controle do sudeste asiático teria desdobramentos dramáticos nos anos 60, com o envolvimento direto dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.


Pessoal essa éa primeira parte de uma serie de artigos sobre a Guerra Fria, espero que vcs gostem e aproveitem!!!



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