Parte 2 - Revolução na arte
As histórias em quadrinhos começaram a ser produzidas no Japão por volta do século XIX e primórdios do século XX. O principal artista dessa época foi Rakuten Kitazawa. A arte de Kitazawa ainda não trazia os traços que conhecemos.
Os mangás fizeram sucesso no país por serem de fácil acesso, já que, feitos em preto e branco, exigiam menos gastos, além de um tempo menor para finalização. Posteriormente, após a Segunda Grande Guerra, era necessário entretenimento rápido e de baixo custo. Isso ajudou a propagá-lo cada vez mais.
(Acima, ilustração de Rakuten Kitazawa.)
No início do século XX, as editoras começavam a ganhar força e adquiriam cada vez mais destes produtos. Então, algo novo apareceu.
Na década de 50, um jovem chamado Osamu Tezuka desenvolvia HQs revolucionárias para a época, usando técnicas cinematográficas, linhas de ação, diagramação dinâmica e efeitos gráficos. Ele contava em vários quadros coisas que os artistas anteriores mostravam em apenas um. Não temia experimentar coisas novas em sua arte.
Tezuka observou que a maquiagem usada no tradicional teatro Takarazuka, que frequentava muito quando criança, realçava os olhos das atrizes e isso expressava muito melhor os sentimentos da personagem. Teve influência de clássicos de Walt Disney, onde observava os olhos brilhantes que surgiam a cada novo desenho.
O artista aliou sua percepção à criatividade e introduziu os olhos grandes e expressivos do Takarazuka em seus desenhos. O resultado você conhece de clássicos como “A Princesa e o Cavaleiro”, “Kimba, o Leão Branco”, ou “Astro Boy”. Isso sem sequer mencionar os muitos outros trabalhos de Osamu Tezuka, considerado o nome mais importante das HQs no Japão.
Continua…
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