quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Apocalipto, Filme de Mel Gibson Retrata Civilização Maya e Asteca.


Apocalypto interpreta a vida dos Povos que habitaram a região da América Central e na Península de Yucatán no México e Guatemala antes da colonização Espanhola.

Uma tribo nativa vive em seu cotidiano normal, mas sente-se um mau presságio no ar. De repente, durante a noite, o inimigo invade a tribo com muita selvageria, quem não morre na luta é capturado para ser levado à grande pirâmide de pedra “Chichén Itzá” com o objetivo de serem oferecidos em sacrifício ao deus sol, em troca de chuva para as plantações.

Durante o trajeto da viagem, vai tecendo-se, em forma visões e presságios proféticos a imagem de um libertador que os salvará daquele mal.

O Apocalypto, palavra grega, que significa minha revelação, não é compreendido e nem decifrado por ninguém durante o decorrer da estória no filme. Este ato selvagem criminoso e de grande repugnância para a nossa civilização de hoje, será interrompido por uma “intervenção Divina“, ou seja, um eclipse solar que naquele momento possibilita a fuga do “Garra de Jaguar” o libertador profetizado anteriormente, este faz uma fuga surpreendente em busca de salvar sua companheira prestes a dar a luz, que havia ficado dentro de um buraco ao lado da tribo atacada, são momentos de perseguição na floresta incríveis, onde apenas um homem movido pelo Amor e instinto de sobrevivência derrota sozinho os melhores guerreiros do Império Maya, após salvar sua amada de uma enchente e recebido seu novo filho, contempla ao longe no mar a chegada das primeiras embarcações espanholas que chegaram ao continente como a esperança de uma nova civilização.

Por outro lado, os espanhóis vieram colonizar o Novo Mundo “Eldorado“, levando as riquezas para seu país de origem. Apesar de se intitular “A nova Civilização”, foi marcada também por uma ocupação sangrenta e escravagista equivalente à formação de um novo Império substituindo o Asteca que dominava a região.


Um fato não abordado neste filme foi o extermínio da civilização Asteca pelos espanhóis, que a princípio haviam sido recebidos como deuses que eram aguardados como salvadores exatamente para aquela época da história, os espanhóis foram recebidos e hospedados no palácio Asteca como este “Enviado divino” que havia retornado ao convívio de seu povo. Os espanhóis se aproveitaram disso, para estudarem o inimigo, que até então eram anfitriões, mas esta farsa não durou muito, e perceberam que alguma coisa estava errada, tentaram matá-los, mas conseguiram fugir com muitas baixas. Cortez o líder dos espanhóis escapou com todo o conhecimento adquirido, reuniu novas tropas e retornou agora não mais como “deus” nem como “Amigo”, mas como um neo-Imperador para conquistar a segunda maior cidade do mundo na época, “hoje cidade do México”. Os Astecas tinham um exército numericamente infinitamente maior que Cortez, porém com pouco conhecimento na arte da guerra e armas meramente artesanais, foram derrotados facilmente pelos canhões e balas dos espanhóis, sem mencionar os cavalos e os cães que eram usados nas batalhas, que levavam uma grande vantagem matando seu inimigo ali mesmo, enquanto que os Astecas insistiam em capturar os espanhóis com o objetivo de oferecê-los em sacrifício aos deuses mais tarde. Somente após ter conquistado esta vitória sobre os Astecas os espanhóis partiram para o encontro com os Mayas na Península de Yucatán.

Os fatos narrados neste filme foram muito criticados pelos descendentes Mayas e Astecas na Guatemala, como extremamente discriminatórios e selvagens, sem dizer o fato de não apresentarem os personagens como os verdadeiros Mayas se apresentavam na época retratada, porém, muitos historiadores concordam com a interpretação dos fatos, com poucas ressalvas. Contudo o que devemos tentar observar os costumes apresentados no filme pela ótica (visão) dos povos que viviam naquela época e viam esses costumes de uma forma plenamente aceitável e, muitas vezes, necessárias a sobrevivência de seu povo.




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